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junho 20, 2025Como o plástico está superando o metal na indústria química

Imagem: Delta Cooling
A corrosão sempre foi um dos maiores desafios enfrentados pelas instalações de processamento químico. Seja nas ligas metálicas que entram em contato com substâncias cáusticas ou nos componentes que operam sob atmosferas hostis, a durabilidade dos equipamentos é constantemente colocada à prova.
Um exemplo crítico são as torres de resfriamento — peças essenciais para dissipar o calor gerado durante as reações químicas. Tradicionalmente fabricadas em metal galvanizado, essas torres nem sempre resistem bem ao ambiente corrosivo das plantas químicas. Felizmente, essa realidade está mudando com a adoção crescente do plástico de engenharia, especialmente o polietileno de alta densidade (HDPE), como material padrão para esses equipamentos.
A transição: do metal ao HDPE
Durante décadas, um grande fabricante químico da Carolina do Norte enfrentou um ciclo vicioso: substituía torres metálicas por modelos idênticos, lidando com falhas recorrentes, altos custos de manutenção e longos períodos de inatividade.
Essa história começou a mudar em 2010, quando a Mechanical Equipment Company (MECO) apresentou à empresa as torres de resfriamento da Delta Cooling, fabricadas em HDPE. “Eles estavam muito insatisfeitos com as torres metálicas. Era manutenção constante, tempo perdido e custos crescentes,” lembra Chuck Parnell, engenheiro de vendas da MECO.
Desde então, a mudança se consolidou. Após mais de uma década utilizando as torres em HDPE, o fabricante não quis mais saber de alternativas metálicas. Em sua nova unidade de pesquisa e desenvolvimento, inaugurada recentemente, a exigência foi clara: todas as torres de resfriamento deveriam ser em plástico de engenharia.
Por que o plástico de engenharia funciona melhor?
A vantagem começa pela resistência à corrosão. Diferente do metal, o HDPE é imune aos efeitos de umidade, salinidade e produtos químicos agressivos — condições comuns tanto em regiões costeiras quanto em plantas químicas.
Além disso, o HDPE exige menos produtos químicos para o tratamento da água, menos manutenção e oferece um tempo de vida útil muito maior. Enquanto as torres metálicas duravam entre cinco e oito anos, muitas torres de HDPE instaladas há 40 anos ainda estão em operação hoje. A Delta Cooling, inclusive, oferece garantia de 20 anos para suas estruturas plásticas.
Economia e eficiência energética
Os ganhos com a substituição do metal vão muito além da durabilidade. A eficiência energética se tornou outro diferencial importante das torres de resfriamento em HDPE. Com projetos inteligentes e uso de tecnologias como ventiladores com inversores de frequência (VFD), essas torres se adaptam automaticamente à demanda da planta — economizando energia sem comprometer o desempenho.
No caso da nova instalação do fabricante químico, Parnell ajudou a montar um sistema com três torres Delta: uma de 250 toneladas e duas de 400 toneladas. Com a combinação de design otimizado e controle dinâmico dos ventiladores, o sistema pode alcançar até 40% de economia de energia em comparação com modelos metálicos tradicionais.
Além disso, o uso do HDPE permite construir torres mais compactas, sem sacrificar a capacidade de resfriamento. Essa otimização de espaço também facilita a instalação e reduz custos indiretos.
Custo total de propriedade: o grande diferencial
Embora o investimento inicial seja semelhante ao de torres metálicas, o custo total de propriedade das torres em HDPE é significativamente menor. Isso porque:
- A necessidade de manutenção é reduzida drasticamente.
- O consumo de energia é otimizado.
- O uso de água e produtos químicos é menor.
- A vida útil do equipamento é muito mais longa.
“É uma escolha óbvia,” resume Parnell. “Com base na experiência, eles perceberam que o polietileno de alta densidade oferece uma torre mais confiável.”
Uma fórmula de sucesso para a indústria química
A busca por soluções robustas, econômicas e sustentáveis é constante na indústria química. E nesse cenário, as torres de resfriamento em HDPE estão ganhando protagonismo por atenderem todas essas demandas.
A transição do metal para o plástico não apenas solucionou um problema crônico de corrosão — ela abriu caminho para um modelo de operação mais eficiente, seguro e financeiramente viável.
*Na indústria química, onde eficiência é sinônimo de competitividade, o plástico de engenharia está mostrando ser mais que uma alternativa — é uma revolução.
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