Microplásticos: um alarde desnecessário

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Microplásticos: um alarde desnecessário

microplásticos

Muito se fala sobre os microplásticos e toda a ameaça que eles representam à vida marinha e aos humanos. Essas partículas minúsculas podem realmente comprometer a nossa saúde e a dos animais?

O que são microplásticos?

Microplásticos são partículas de plástico muito pequenas (geralmente com menos de 5 milímetros de tamanho) que podem ter origem em diversas fontes, como ingredientes de filtros de cigarro, fibras têxteis, produtos de limpeza ou de cuidados pessoais, além de poeira proveniente de pneus de carros e caminhões.

Também podem se originar de plásticos degradados pelo sol, vento e ondas do mar. Você pode ouvir os termos “microplásticos primários” e “microplásticos secundários”. Os microplásticos primários são fabricados para serem pequenos com a finalidade de cumprir uma função específica, como abrasivos em produtos de consumo. Já os microplásticos secundários vêm da decomposição de itens plásticos maiores.

Os microplásticos prejudicam a vida marinha?

Pesquisas realmente encontraram microplásticos em peixes e outros organismos marinhos, e estudos adicionais estão em andamento. No entanto, de acordo com um relatório de janeiro de 2019 publicado pela SAPEA, um consórcio de mais de 100 academias de ciências na Europa, as evidências existentes não mostram que a presença de microplásticos cause danos a organismos aquáticos.

Conforme afirmou o cientista que liderou o estudo: “As evidências sobre nano e microplásticos permanecem incertas, e, por sua natureza, são complexas, mas até agora não há razão para pensar que representam riscos generalizados para humanos ou o meio ambiente”.

Embora alguns estudos laboratoriais tenham encontrado impactos na saúde de animais marinhos, como vieiras e mexilhões, após exposição a altos níveis de partículas de microplástico, o relatório observa que esses animais não seriam expostos a concentrações tão altas de microplásticos na natureza.

Mesmo estudos com animais selvagens devem ser analisados de perto quanto ao que concluem ou não concluem. Por exemplo, pesquisadores da Universidade de Exeter examinaram os tratos digestivos de 50 mamíferos marinhos encontrados em praias. Eles encontraram evidências de microplásticos em todos os animais, mas as causas de suas mortes permanecem desconhecidas. O coautor do estudo disse: “…os níveis [de microplásticos] são baixos e ainda não sabemos que efeito, se houver, essas partículas podem provocar nos indivíduos.”

Os microplásticos são prejudiciais à minha saúde?

Os autores do relatório da SAPEA concluíram que “não temos evidências de risco generalizado para a saúde humana a partir de NMPs (nano e microplásticos) no momento”. Da mesma forma, relatórios do Grupo de Especialistas sobre Aspectos Científicos da Proteção Ambiental Marinha (GESAMP — Group of Experts on the Scientific Aspects of Marine Environmental Protection) e do Programa Ambiental das Nações Unidas (UNEP – United Nations Environment Programme) concordam que, embora seja evidente que os seres humanos estão expostos a algum nível de microplásticos por meio do consumo de frutos do mar e sal marinho, a pesquisa não apoia a teoria de que os microplásticos afetam a saúde humana ou que comer frutos do mar apresenta um risco para a saúde humana. Você também pode ter ouvido falar que microplásticos foram encontrados na água potável. O relatório da SAPEA afirma: “a qualidade dos estudos que detectaram [microplásticos] na água potável é limitada, o que torna difícil tirar conclusões. Coletivamente, isso significa que não temos uma visão completa e equilibrada sobre a ocorrência de microplásticos em alimentos e água potável…”. Como resultado, “há dados insuficientes para avaliar a exposição aos seres humanos, muito menos para avaliar os riscos para a saúde humana de [microplásticos] na água potável e alimentos”.

O que a indústria de plásticos está fazendo para acabar com os microplásticos em nossos oceanos?

Organizações em todo o mundo, incluindo aquelas que produziram os relatórios ou estudos mencionados, estão pedindo medidas para reduzir o lixo marinho de microplásticos e mais pesquisas científicas para nos ajudar a entender esses materiais. A indústria de plásticos apoia ativamente esses objetivos.

Plásticos não pertencem ao oceano ou aos cursos d’água. Por isso, a indústria está investindo em tecnologias de reciclagem e recuperação, além de ajudar as pessoas a aprenderem a reciclar para que cada produto seja utilizado da melhor maneira possível.

Fonte:

https://thisisplastics.com/environment/microplastics-what-do-we-know-about-them/

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