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Plástico é a melhor solução para evitar o desperdício de alimentos

desperdício de alimentos

O plástico descartável é um grande problema ambiental, mas pode ajudar a limitar o desperdício de alimentos – outro grande problema. Abordar ambos exige soluções criativas e novas concepções.

Em 1970, a Coca-Cola investigou o impacto ambiental da fabricação de garrafas de vidro reutilizáveis e descobriu que as garrafas de plástico descartáveis poderiam ser melhores em muitos contextos. A empresa mudou para plástico no início dos anos 90.

Atualmente, o plástico é encarado por muitos ambientalistas como um problema a ser resolvido e há um impulso global para banir o plástico. Assim, parece paradoxal que a Coca-Cola pudesse ter escolhido o plástico com base em valores ambientais.

Decisão baseada na avaliação do ciclo de vida

O estudo de 1970 utilizou um método que atualmente é conhecido como avaliação do ciclo de vida. Ele mede materiais, energia, resíduos e emissões em cada etapa da fabricação, uso e disposição da embalagem e atribui impactos ambientais potenciais a eles.

Por motivos comerciais, os resultados completos do estudo da Coca-Cola não foram publicados, mas os resumos divulgados em 1976 disseram que o transporte de garrafas de vidro reutilizáveis mais pesadas e os recursos necessários para manter tais sistemas significavam que as garrafas de plástico descartáveis geravam um impacto ambiental menor.

A avaliação do ciclo de vida é uma ferramenta poderosa devido à sua capacidade de comparar impactos de diferentes sistemas com interdependências entre entradas e saídas. Os sistemas industriais relacionados podem ter evoluído desde 1970, mas o exemplo da Coca-Cola ilustra que o método muitas vezes desafia ideias preconcebidas sobre diversos materiais.

Essa avaliação é uma excelente ferramenta para investigar complexas compensações ambientais, particularmente porque uma das principais indústrias que funciona em paralelo com o plástico descartável, a indústria alimentícia, está ligada a outro problema global: a perda e o desperdício de alimentos.

Desperdício de alimentos também afeta o meio ambiente

De acordo com dados da ONU, entre 20% e 30% dos alimentos produzidos são desperdiçados. Se o desperdício global de alimentos fosse um país, seria o terceiro maior emissor de gases de efeito estufa na Terra. 

A energia utilizada para cultivar os alimentos, os combustíveis, a energia usada na cadeia de suprimentos e as emissões de gases de efeito estufa causadas pelo apodrecimento dos alimentos são os principais contribuintes para esta estatística impressionante.

De certa forma, avaliações do ciclo de vida de plásticos descartáveis e do desperdício de alimentos podem mostrar que os impactos das mudanças climáticas causados pelo desperdício de alimentos podem ser muito maiores do que os da embalagem.

A embalagem plástica ainda é a melhor solução

A embalagem é projetada para uma série de propósitos. Boas embalagens desempenham um papel importante na conservação dos alimentos antes e depois de chegarem às casas dos consumidores, protegendo de agentes externos e trazendo informações sobre o armazenamento correto.

Se a redução da embalagem leva a mais desperdício de alimentos, é necessária uma abordagem sutil e sofisticada para considerar esses dois problemas.

Na Austrália, as metas para tornar as embalagens recicláveis, reutilizáveis ou compostáveis até 2025 estão ganhando impulso. Uma abordagem desse tipo não envolve apenas o design e a fabricação de embalagens; os sistemas de fim de vida também precisam estar prontos para essas mudanças, caso contrário, todos os esforços de design serão em vão.

A educação pode incentivar os consumidores a reciclar, reutilizar e compostar de forma eficaz. No passado, os consumidores mostraram que podem aprender novos programas para gerenciar seus resíduos e estudiosos dedicaram muito tempo analisando quais estratégias de educação são as mais eficazes.

Educar os consumidores sobre o papel que a embalagem desempenha na redução do desperdício de alimentos e como garantir que a embalagem seja recuperada em um sistema circular são abordagens que devem andar de mãos dadas, para que os consumidores se tornem agentes ativos de mudança.

Se o mundo avançar em direção a um cenário de zero embalagem em toda a linha, toda a cadeia de suprimentos e a forma como os seres humanos como sociedade se relacionam com os alimentos precisarão de uma profunda transformação. Sem mudar para um sistema de produção e abastecimento distribuído, o objetivo de zero embalagem será difícil de alcançar. A distância pura envolvida e o tempo necessário para transportar alimentos ― especialmente produtos frescos altamente perecíveis ―  de fazendas centralizadas em condições adequadas para consumo tornam isso quase impossível.

No futuro, talvez seja possível o estabelecimento de fazendas em metrópoles, o que torna viável o consumo de alimentos frescos sem precisar de uma grande cadeia de produção e distribuição. Mas para isso, as cidades precisam ser completamente reestruturadas, algo bastante inviável, pelo menos a curto e médio prazo.

A solução mais adequada e acessível é, realmente, entender o plástico como um material renovável, explorando ao máximo as suas características positivas, para evitar o desperdício de alimentos e reduzirmos o impacto ao meio ambiente.

Fonte:

https://360info.org/plastic-pollution-is-bad-but-food-waste-is-far-worse/

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